Uma oração pedindo o combate à desinformação nas redes sociais gerou controvérsia ao aparecer no folheto da missa do último domingo (6), distribuído em paróquias de todo o Brasil. O texto, incluído na Oração dos Fiéis, sugeria: “Para que os governantes promovam ações legítimas que superem a cultura das falsas notícias nas redes sociais, rezemos.”
A publicação consta em materiais litúrgicos com o selo da Editora Paulus, encontrados, por exemplo, no site da Paróquia Santa Lúcia, em Aracaju (SE). A repercussão gerou desconforto e versões conflitantes entre diferentes instâncias da Igreja.
Em nota inicial, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disse que o conteúdo não havia sido produzido por ela. Já a Arquidiocese de Aracaju alegou que apenas reproduziu o folheto, o qual seria, segundo a própria, elaborado pela CNBB e utilizado amplamente. “Inclusive está na Liturgia Diária”, afirmou a instituição ao portal Poder360.
Questionada novamente, a CNBB afirmou, via assessoria, que orações litúrgicas não seguem uma padronização rígida e que temas sociais, como desinformação e cultura digital, podem ser abordados nas celebrações religiosas, desde que não configurem posicionamento político-partidário.