Em sua primeira mensagem de Natal como pontífice, nesta quinta-feira (25), o papa Leão XIV fez um apelo direto por paz, diálogo e estabilidade em algumas das regiões mais tensionadas do planeta. Da varanda central da Basílica de São Pedro, antes da tradicional bênção Urbi et Orbi, o líder da Igreja Católica citou nominalmente o Líbano, a Palestina, Israel, a Síria e a Ucrânia.
Diante de milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, mesmo sob chuva, o papa defendeu o abandono do ódio e da violência como caminho possível para a reconciliação. Segundo ele, cada pessoa pode e deve assumir responsabilidade na construção da paz, apostando no diálogo sincero e respeitoso.
Leão XIV dedicou uma saudação especial aos cristãos que vivem no Oriente Médio, região que visitou recentemente. Ao mencionar o Líbano, afirmou compreender o sentimento de impotência diante de disputas políticas e militares que ultrapassam o controle da população civil. Em seguida, pediu a Deus justiça, paz e estabilidade para os países marcados por conflitos permanentes.
O pontífice também voltou suas orações ao povo ucraniano, pedindo o fim da guerra e a retomada das negociações. Ele afirmou esperar que, com o apoio da comunidade internacional, as partes envolvidas encontrem coragem para dialogar de forma direta e honesta.
Além dos conflitos mais visíveis no noticiário internacional, o papa chamou atenção para guerras frequentemente esquecidas. Citou a situação no Sudão, Sudão do Sul, Mali, Burkina Faso e na República Democrática do Congo, pedindo consolo às vítimas da violência, da perseguição religiosa e do terrorismo.
Leão XIV ainda mencionou o Haiti, pedindo o fim da violência e a reconstrução do caminho da reconciliação, além de orações por Mianmar e pelo restabelecimento da relação histórica entre Tailândia e Camboja. O papa também lembrou as recentes catástrofes naturais que atingiram países do sul da Ásia e da Oceania.