O poeta e tradutor Paulo Henriques Britto foi eleito, nesta quinta-feira (22), para a cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL). O carioca de 73 anos recebeu 22 votos, superando o também poeta Salgado Maranhão, que obteve dez. Britto ocupará a vaga deixada por Heloisa Teixeira, falecida em março.
Nascido no Rio de Janeiro, em 1951, Britto é um dos nomes mais destacados da poesia brasileira contemporânea. Ao longo da carreira, recebeu prêmios como o Portugal Telecom (hoje Oceanos) e o da Fundação Biblioteca Nacional, além de figurar entre os finalistas do Jabuti em três edições.
O novo imortal publicou 14 livros, sendo oito de poesia, com destaque para títulos como Macau (2003), Formas do nada (2012) e Fim de verão (2022). Sua obra já foi traduzida para o inglês e o sueco, além de ter uma antologia publicada em Portugal.
A afinidade com a língua inglesa surgiu cedo, durante um período de estudos nos Estados Unidos, onde teve contato com autores como Emily Dickinson e Walt Whitman. Britto manteve essa relação ao longo da vida, traduzindo nomes como Byron, Elizabeth Bishop, Wallace Stevens, Frank O’Hara, Virginia Woolf e James Baldwin.
Além da poesia, também se dedicou à prosa e ao ensaio. Entre seus livros estão Paraísos artificiais (2004), O castiçal florentino (2021) e A tradução literária (2012).
Como professor da PUC-Rio, atua nas áreas de tradução poética e poesia brasileira contemporânea.