Após disputa por espaço no mercado, os preços da cerveja voltaram a subir no Brasil. Relatório do Bank of America (Bofa) aponta que, em julho, produtoras como Heineken e Ambev reajustaram suas principais marcas, em movimento que já começa a ser sentido no bolso do consumidor.
A Heineken implantou um reajuste de 6,1%, enquanto a Ambev aplicou alta de 3,3%.
O levantamento, feito em 1.500 pontos de venda, mostra que a Heineken subiu 3,4% no período de junho a agosto, e a Amstel 7,5%.
Já a Devassa registrou disparada de 24%. A Ambev acompanhou a rival, elevando os preços de marcas como Corona, Stella Artois, Budweiser (10% a 13%) e Spaten (1% a 3%). Skol também teve alta, mas a Brahma permaneceu estável.
A concorrente Petrópolis manteve os preços da Itaipava, ampliando a diferença em relação à Skol, que passou de 20% no início de 2025 para 25%.
Segundo o Bofa, a Ambev já havia reajustado preços em abril e maio, mas perdeu participação de mercado porque a Heineken reduziu valores no segundo trimestre.
Agora, com os aumentos, os efeitos já aparecem na inflação: o item cerveja subiu 0,45% em julho, acima da alta de 0,26% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) no período.