O cantor Léo Santana fará um show de graça, no dia 20 de novembro, às 15h. O evento vai acontecer na Praça Maria Felipa, no bairro do Comércio, durante a programação do Novembro Salvador Capital Afro 2025. O calendário vai reunir exposições, oficinas, shows, rodas de conversa, intervenções urbanas, entre outras linguagens artísticas, durante 40 dias, entre 26 de outubro e 6 de dezembro.
O lançamento foi realizado nesta segunda-feira (13) pela Prefeitura. Neste ano, o Novembro Salvador Capital Afro terá como diferencial a descentralização das atividades, que acontecerão diariamente em diferentes regiões da cidade. Além do Centro Histórico, as ações acontecerão no Candeal, Cajazeiras, Ilha de Maré, Itapuã, Nordeste de Amaralina e outras localidades.
“O que antes era apenas um dia para chamar a atenção da importância da Consciência Negra, agora, nós temos mais de um mês de programação, com uma pegada cultural forte, valorizando a nossa ancestralidade, as nossas tradições, a nossa negritude. O objetivo aqui é o empoderamento da população negra, que corresponde a mais de 83% da nossa população”, destacou o prefeito Bruno Reis.

PROGRAMAÇÃO
O pontapé inicial do Novembro Salvador Capital Afro será no dia 26 de outubro, com o show Salvador Cidade da Música, que trará a Orquestra Afro Sinfônica e convidados em uma apresentação especial dedicada à musicalidade de matriz africana.
Em 1º de novembro, a Casa das Histórias de Salvador, no Comércio, recebe a abertura da exposição “Floresta de Infinitos”, criada por Ayrson Heráclito e Tiganá Santana. A obra combina elementos sonoros e visuais, explorando a cultura afro-brasileira e indígena. No mesmo dia acontece o Afro Fashion Day, no Terreiro de Jesus, evento que une moda, identidade e representatividade, com desfiles de estilistas negros e marcas locais.
De 3 a 5, o Centro de Convenções de Salvador (Boca do Rio) sedia o Encontro Global de Artivismo, reunindo mais de 800 artistas, líderes de movimentos sociais e culturais de cerca de 60 países para promover a interação, a troca e a criação coletiva com foco na arte como ferramenta de transformação social.
Na sequência, de 5 a 7, o Festival Nosso Futuro promove intercâmbio cultural e o diálogo sobre o futuro das cidades, com jovens, artistas e pensadores da França, Brasil e África. A atividade acontece no Arquivo Público Municipal, no Comércio.
Nos dias 7 e 8, o cantor, compositor e pesquisador Mateus Aleluia apresenta o espetáculo “Baía Profunda”, no Espaço Cultural da Barroquinha e na Concha Acústica. A atividade é a culminância da primeira etapa do projeto homônimo, que nasce dos trânsitos atlânticos entre Brasil, África e Europa.
Nos dias 8 e 9, Salvador recebe, no Parque de Exposições, uma das atrações mais aguardadas: o Afropunk, um dos maiores festivais de cultura negra do mundo, que volta à capital baiana com shows, performances e experiências de moda.
Entre 10 e 22, a Prefeitura realiza o Festival Salvador Capital Afro, com uma extensa programação cultural, artística e formativa em diversos bairros da cidade.
Nos dias 15 e 16, o Pelourinho recebe o Femadum, evento cultural anual realizado pelo grupo musical Olodum, que celebra a cultura afro-brasileira e oferece diversas manifestações artísticas como música, dança, literatura e cinema.
O Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, às 15h, será marcado por um show especial de Léo Santana, que promete agitar o público na Praça Maria Felipa.
O mesmo lugar, inclusive, receberá, entre os dias 26 e 30 de novembro, a primeira edição do Festival Feira Preta, promovendo cultura, inovação, empreendedorismo negro e afro-diaspórico. O evento vai celebrar a ancestralidade e a potência criativa de Salvador, integrando um mercado de produtos e serviços, reunindo ainda uma programação cultural com música, moda, gastronomia e shows.
A programação do Novembro Salvador Capital Afro será encerrada nos dias 5 e 6 de dezembro com o Festival Afroturismo.
NOVIDADES
A vice-prefeita e titular da Secult, Ana Paula Matos, reforçou que o movimento busca dar ênfase à valorização da ancestralidade, ao mesmo tempo em que amplia o acesso às políticas culturais e fomento à economia criativa.
“A ideia é mostrar a força do nosso povo, a nossa história, a marca da nossa ancestralidade que tanto nos representa nesse mundo. O Salvador Capital Afro tomará as ruas da cidade, desde apoiando outros eventos como o Afropunk até realizando os próprios que ocorrerão, reunindo pessoas que sabem fazer arte e cultura, além de capacitações para estimular o empreendedorismo negro”.
Também presente no evento, a secretária municipal da Reparação (Semur), Isaura Genoveva, salientou que o movimento é parte do compromisso do poder público municipal para promover justiça racial.
“O Salvador Capital Afro não é só uma ação pontual, é um programa da Prefeitura que visa discutir as questões raciais durante todo o ano, para a população viver a cidade, para discutir enfrentamento ao racismo, para ações de inclusão da comunidade e enaltecimento da potência do povo negro de Salvador”, frisou.