Apesar da segurança ser responsabilidade estadual, a Prefeitura de Salvador tem ampliado sua atuação na área. O mais recente projeto, anunciado na segunda-feira (7), prevê o uso de drones de última geração, com tecnologia israelense, para monitoramento aéreo em tempo real.
Inicialmente, os equipamentos serão usados no Centro Histórico e, em seguida, em bairros como Rio Vermelho, Barra e Itapuã. Os drones serão integrados ao novo Centro de Controle Operacional (CCO), em construção na Avenida Suburbana, que concentrará dados e imagens para agilizar decisões.
Segundo o secretário municipal de Inovação e Tecnologia, Alberto Braga, a escolha das áreas monitoradas pode ser ampliada, desde que autorizada pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Os drones oferecem mobilidade e serão úteis em eventos e áreas com grande circulação.
O plano inclui ainda câmeras com reconhecimento facial, em modelo semelhante ao Smart Sampa, sistema em uso em São Paulo com mais de 26 mil câmeras, das quais 4 mil identificam placas de veículos. Em 2025, o sistema paulista ajudou na prisão de mais de 2.700 pessoas e na localização de 73 desaparecidos.
Uma comitiva de Salvador visitou São Paulo para conhecer de perto o funcionamento do Smart Sampa. A intenção é replicar o modelo, integrando as câmeras municipais às de comércios, condomínios e residências que quiserem aderir ao programa.
Atualmente, Salvador possui 3,7 mil câmeras de vigilância, mas a meta é chegar a 5 mil. As novas câmeras serão equipadas com inteligência artificial e reconhecimento facial, capazes de identificar foragidos e registrar delitos em tempo real, com alertas automáticos enviados às autoridades. As imagens dos drones também serão integradas ao sistema, fortalecendo o monitoramento em toda a cidade.
