O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta segunda-feira (19), às 15h, a fase de depoimentos de testemunhas no processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete investigados, apontados como integrantes do “núcleo 1” de um suposto plano golpista. A etapa, conduzida por videoconferência e com supervisão de um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, vai até 2 de junho.
Ao todo, 82 testemunhas foram indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas. Os depoimentos ocorrem simultaneamente para evitar combinação de versões. A imprensa e os advogados estão proibidos de gravar as audiências.
Entre os nomes convocados estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o senador Hamilton Mourão, o ex-ministro Paulo Guedes, e o general Freire Gomes, que, segundo a investigação, teria ameaçado prender Bolsonaro diante da proposta de um golpe. Ex-ministros, militares e parlamentares também prestarão depoimento.
Os réus — entre eles Bolsonaro, Walter Braga Netto, Alexandre Ramagem e Mauro Cid — podem ser condenados a mais de 30 anos de prisão por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada. A data para o interrogatório dos acusados ainda será definida, e o julgamento deve ocorrer em 2025.
Agenda de depoimentos inclui:
19/5: Ibaneis Rocha, Freire Gomes e ex-integrantes do Ministério da Justiça;
21/5: Tenente-brigadeiro Baptista Júnior (FAB);
23/5: Senador Hamilton Mourão e almirante Marcos Olsen;
26/5: Marcelo Queiroga;
29/5: Paulo Guedes e Adolfo Sachsida;
30/5: Senadores, deputados, Valdemar Costa Neto e Tarcísio de Freitas;
2/6: Senador Rogério Marinho.
