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Vini Jr. chora ao falar sobre ataques racistas que sofre no futebol espanhol: 'Cada vez tenho menos vontade de jogar'

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Da redação

Atacante brasileiro também afirmou que pensou em deixar o Real Madrid após ataques sofridos

Vini Jr. chora ao falar sobre ataques racistas que sofre no futebol espanhol: 'Cada vez tenho menos vontade de jogar'
Reprodução/Rafael Ribeiro/CBF

O jogador Vinícius Jr. falou, nesta segunda-feira (25), a respeito das recorrentes ofensas racistas que sofre na Europa. Durante uma entrevista, o jogador se emocionou e chorou ao relembrar os ataques. “Cada vez estou mais triste e tenho menos vontade de jogar”, afirmou.

O atacante da seleção brasileira e do Real Madrid se emocionou durante a coletiva em preparação para o amistoso entre seleção brasileira e Espanha. “Acredito que seja muito triste tudo que eu venho passando a cada jogo, a cada dia, a cada denúncia vai aumentando. É muito triste, não só eu, mas todos os negros que sofrem no dia a dia. O racismo verbal é minoria perto de tudo que os negros passam no mundo”, declarou.

O amistoso da Seleção Brasileira contra a Espanha nesta terça-feira (26), no Santiago Bernabéu, em Madri, terá um caráter especial para o atacante. As equipes se enfrentarão sob o lema “Uma só pele”, uma campanha contra o racismo no futebol, do qual Vini Jr. tem sido vítima desde que chegou ao futebol espanhol para defender o Real Madrid.

Vini Jr. falou que, embora esteja abalado e os casos afetem sua paixão pelo futebol, não vai se dar por vencido. O atleta também comentou a forma como a imprensa espanhola aborda os ataques e sua performance em campo.. “Não vou desistir. Eles (repórteres espanhóis) têm que falar menos das coisas de errado que eu faço dentro de campo. Tenho apenas 23 anos, tenho muito a melhorar. É um processo natural, saí muito novo do Brasil, não pude aprender tantas coisas. Sigo estudando. Por que os repórteres da Espanha, que são mais velhos que eu, não podem estudar (sobre o racismo)?”

O atacante brasileiro, que chegou ao Real Madrid em 2018, afirmou durante a coletiva que pensou em deixar o clube merengue após os ataques racistas, mas disse que, se fizesse este movimento, estaria "dando o que querem aos racistas".

“Pensei em sair, sim. Mas se saio daqui, estou dando o que querem aos racistas. Vou seguir lutando e jogando no melhor do mundo, ganhando títulos e fazendo muitos gols, para que vejam cada vez a minha cara. Sigo evoluindo para isso. Jogar futebol e fazer a alegria das minhas pessoas e de todos que vão ao estádio. Racistas sempre serão minoria. Como sou um jogador atrevido, que joga no Real Madrid e ganhamos muitos títulos, é complicado. Mas vou seguir firme e forte pois presidente me apoia, o clube me apoia, para que eu continue e possa ganhar muitas coisas”.


 

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