Quase um ano após a queda de um elevador que matou dois trabalhadores em um edifício no Horto Florestal, uma fiscalização liderada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) encontrou irregularidades em 12 das maiores empresas de montagem de elevadores na Bahia. As inspeções revelaram descumprimento de normas técnicas, contratação de profissionais sem formação adequada e realização de recondicionamento de peças proibido pela legislação.
O número de ocorrências com elevadores na Bahia cresceu 307% entre 2010 e 2023, com 485 casos registrados, e o estado aparece com os maiores números do Nordeste e na oitava posição no país. Mais de 80 empreendimentos do ramo que atendem no estado serão notificados após as inspeções.
O MPT também investiga a queda do elevador no condomínio Splendor Reserva do Horto, que matou dois trabalhadores, e aponta possíveis causas, como excesso de carga ou defeito de fabricação. A operação do MPT constatou que empresas estão contratando profissionais sem formação adequada e sem registros nos conselhos, o que pode ocasionar em impunidade no caso de quedas de elevadores com mortes.
Outro ponto é a oscilação de energia como um dos fatores de risco para acidentes. A Atlas Schindler é a responsável pela fabricação e manutenção do equipamento e as investigações do MPT sobre o caso continuam abertas e envolvem a Atlas Schindler e o próprio condomínio.