A nova velocidade máxima da Avenida Mário Leal Ferreira (Bonocô), em Salvador, de 60 km/h, passa a valer oficialmente a partir desta quinta-feira (10), após um mês de adaptação. A readequação da velocidade foi uma determinação da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) para que uma motofaixa fosse implantada na região.
Além do respeito ao novo limite de velocidade, os condutores de veículos devem evitar transitar sobre a motofaixa. “Quem estiver conduzindo carros pode passar pela motofaixa para mudar de faixa de rolamento. O que não pode acontecer é transitar de maneira constante pelo local, impedindo o trânsito das motos”, explica o superintendente da Transalvador, Diego Brito.
Na Avenida Bonocô, a motofaixa está desenhada entre as faixas 1 e 2, de cada sentido, a partir do canteiro central. O espaço foi demarcado com linhas tracejadas nas cores azul e branco. Com isso, os motociclistas podem transitar com mais disciplina e segurança, sem alterar a dinâmica já existente na via. Apesar da inclusão da motofaixa, cada sentido da avenida continua tendo quatro faixas para circulação de veículos.

Nos primeiros trinta dias de funcionamento da motofaixa, a Transalvador registrou uma redução de quase 60% na quantidade de acidentes envolvendo motos na Bonocô, onde o espaço segregado foi instalado. No período, três ocorrências foram contabilizadas, contra sete acidentes registrados no mês anterior. Até o momento, 17 sinistros envolvendo motos foram confirmados na avenida somente este ano. Ninguém morreu.
Em 2024, a autarquia municipal de trânsito computou 56 acidentes com motos na Av. Bonocô, nos quais duas pessoas morreram e 54 ficaram feridas. Em toda cidade, 15 pessoas perderam a vida em acidentes envolvendo motos nos três primeiros meses de 2025. Em todo ano de 2024, esse número chegou a 84 vítimas fatais. Se comparado com o total de mortes no trânsito do ano passado (142 mortes), 59% foram de sinistros envolvendo motos.
“Acreditamos que a motofaixa contribuiu com essa redução de acidentes com motos na Bonocô. Continuamos trabalhando para reforçar a segurança viária dos motociclistas. Durante um ano, a cada três meses, teremos de enviar dados de sinistros na Bonocô para a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Permanecendo favoráveis os números, conseguiremos a autorização da entidade federal para expandir a motofaixa para outras vias. Nossos técnicos já estão analisando grandes avenidas onde possamos implantar esse espaço reservado para circulação de motos”, explica Diego Brito.