As famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF) necessitam comparecer aos postos de saúde para o acompanhamento das condicionalidades de saúde até sexta-feira (28), e garantir a manutenção do benefício. A realização do pré-natal pelas gestantes, a atualização do calendário vacinal e o acompanhamento do estado nutricional das crianças é parte essencial da agenda de saúde do programa federal.
O coordenador geral da Saúde Básica, Getsêmani Menezes, conta que a adesão ainda é baixa. “As unidades de saúde do município estão preparadas para atender o público. Os coordenadores, gerentes e equipe estão prontos para atender e a procura ainda está baixa e isso tem nos preocupado”, conta Menezes. Ele lembra que hoje a cobertura está em cerca de 40%, e a preocupação maior é com o risco de perda do número do beneficiário.
“Nós nos preocupamos e nos solidarizamos com os beneficiários, no sentido de motivá-los que busquem a unidade, pois o risco da perda do benefício é real e é preciso fazer o acompanhamento, que vá às unidades com os documentos, as unidades estão operacionalizando os serviços. Anualmente a gente faz essa divulgação, sinalizando a necessidade do acompanhamento, porque percebemos que ele atende as famílias com maior necessidade”, relata.
A coordenadora da USF Curralinho, Sileide Nascimento, constata que o movimento ainda está baixo na unidade, mesmo com mobilizações, inclusive aos sábados para atender aos cidadãos. “Os agentes comunitários vão às comunidades informando a necessidade do acompanhamento, colocamos até faixas na área externa divulgando a informação, mas o movimento ainda está fraco”.
Em Salvador, 332.506 pessoas estão aptas para o acompanhamento das condicionalidades da saúde na vigência 2024.1 (janeiro a junho de 2024). Até o dia 17 passado, foram acompanhados 140.762 beneficiários, com percentual de cobertura de 42,33%.
DOCUMENTOS
Beneficiária do programa há oito anos e moradora da Baixa Fria, Suelen Rodrigues, de 27 anos, é mãe de três filhos, de dois, três e oito anos e mantém a rotina de ir ao posto periodicamente para atendimento das crianças e atualização do cartão. “De seis em seis meses eu venho no posto para atualizar. Eles pesam as crianças, medem a altura. Para desenvolvimento da alimentação e nutrição, acho importante. Os exames deveriam ser de rotina, independente do Bolsa Família”.
Vizinha do Curralinho, a dona de casa Marineide dos Santos, 27 anos, tem três filhos, de dois, seis e oito anos, e sempre procura manter os dados dela e das crianças atualizados no sistema. “Eu venho logo fazer a atualização. Evito deixar para a última hora, porque fica lotado, então quando o agente de saúde avisa, venho aqui no posto para adiantar”, declara.
Para atualização do cadastro, o beneficiado deve apresentar cartão do NIS, RG ou CPF, a caderneta de saúde da criança e a caderneta da gestante.