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Banco Central cria teto para Pix para combater crime organizado; entenda

Data:
Maria Eduarda Moura*

Objetivo é dificultar operações de lavagem de dinheiro pelo crime organizado

Banco Central cria teto para Pix para combater crime organizado; entenda
Agência Brasil

O Banco Central anunciou nesta sexta-feira (5) a criação de um limite de R$ 15 mil para transações via Pix e TED em algumas instituições financeiras. A medida vale para instituições de pagamento não autorizadas e para aquelas conectadas ao Sistema Financeiro Nacional por meio de prestadores de serviços de tecnologia da informação (PSTI). 

O objetivo é dificultar operações de lavagem de dinheiro pelo crime organizado.

Segundo o presidente do BC, Gabriel Galípolo, movimentações acima desse valor precisarão ser feitas em mais de uma operação. Ele afirmou que 99% das transações de pessoas jurídicas já ficam abaixo do teto, o que permitirá identificar com mais facilidade movimentações suspeitas. 

A regra permanece até que as instituições obtenham autorização do BC ou que os PSTIs adotem novos controles.

O Banco Central também elevou as exigências para credenciamento de prestadores de serviço, impondo capital mínimo de R$ 15 milhões. Quem descumprir as normas pode sofrer medidas cautelares ou até ser descredenciado. As empresas têm quatro meses para se adequar, e as novas regras entram em vigor imediatamente.

Além disso, apenas integrantes dos segmentos S1 a S4, exceto cooperativas, poderão atuar como responsáveis no Pix por instituições não autorizadas. Os contratos atuais devem ser ajustados em até 180 dias. 

O BC também antecipou para maio de 2026 o prazo para que instituições de pagamento não autorizadas solicitem credenciamento — antes previsto para dezembro de 2029.

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