O debate sobre o futuro político de Jair Bolsonaro segue em aberto no Brasil, e a divisão social gerada em torno do ex-presidente voltou a ganhar força nos últimos dias. Em comentário, o jornalista Casemiro Neto analisou o atual cenário polarizado do país, criticando a radicalização do discurso nas redes sociais e os impactos da influência estrangeira nas decisões nacionais.
“O ex-presidente Jair Bolsonaro está a caminho da cadeia ou da liberdade pela anistia. A possibilidade dessa pergunta ainda existe pela ausência da afirmação da resposta. Nesse contexto que já era dividido, se multiplicou em declarações de ódio e indignação”, afirmou o jornalista.
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Casemiro destacou a repercussão de episódios recentes como a morte da cantora Preta Gil, cuja memória foi alvo de ataques nas redes sociais. “Em fatos recentes como a morte de Preta Gil, as redes sociais foram invadidas por comentários que tripudiavam sobre o destino da cantora, perguntando, entre outras barbaridades, porque ela, que era de esquerda, não procurou tratamento para o câncer no SUS em Cuba ou na Venezuela. A crueldade do ser humano tem preço. E aí querem fugir de pagar a conta dos crimes cometidos pelos seus líderes e ídolos”, disse.
Na análise, o jornalista também fez críticas ao papel do ex-presidente norte-americano Donald Trump, apontado como influência negativa sobre parte do cenário político brasileiro.
“Do outro lado, além-mar, o presidente Trump ostenta toga de imperador contra a toga da justiça brasileira, revogando vistos de ministros e parentes. Para o presidente norte-americano, o tarifaço não é suficiente no ataque à democracia brasileira. A chantagem tem que ir mais longe e seus pupilos também pedem mais”, declarou Casemiro.
Segundo ele, o desrespeito à soberania brasileira tornou-se algo secundário para quem defende interesses pessoais. “Para eles, o respeito e a soberania do país de origem não passam de pequenos detalhes. O que vale mesmo é salvar a pele. O custo é um país com suas exportações prejudicadas, a economia em risco e milhões de brasileiros preocupados com seus empregos.”
Por fim, Casemiro Neto parafraseou Cazuza, com versos eternizados por Gal Costa e Preta Gil, ao reforçar um apelo: “Que o Brasil mostre sua cara e que o nome de seu sócio não seja o presidente de um país que não é o nosso.”