O vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, desconversou sobre a composição da chapa da oposição que fará frente ao PT na Bahia, em 2026. Candidato natural após perder no segundo turno para Jerônimo Rodrigues em 2022, alguns chegam a especular que o ex-prefeito de Salvador poderia indicar Bruno Reis para concorrer ao Palácio de Ondina, com ele colocando o nome para o Senado. O político comentou sobre o assunto na festa da Lavagem do Bonfim, nesta quinta-feira (16).
"Não tem 2026 sendo discutido agora. A gente acabou uma eleição há poucos meses. O prefeito acabou de iniciar seu segundo mandato há poucos dias. 2026 só será tratado na hora certa. Temos ainda esse ano de 2025 para conversar com os baianos, dialogar com a política e para definir os rumos. Uma coisa é certa: vamos ter um grupo competitivo, forte, que vai fazer o debate de alto nível com cabeça erguida, com aqueles que já estão 19 anos no poder. Infelizmente, não mudaram a vida dos baianos para melhor. Ao contrário, acumulam diversos problemas. Vamos apontar tudo isso e fazer esse debate. Vamos ter, na hora certa, os candidatos certos", sustentou ACM Neto.
O vice-presidente do União Brasil ainda deu um aceno para Angelo Coronel (PSD), que deve ser preterido da chapa petista para dar lugar a Rui Costa (PT) na corrida pelo Senado. ACM Neto afirmou que uma aproximação depende mais do próprio senador do que dele.
"A gente tem uma relação antiga. Ele votou em mim, em Coração de Maria, no ano de 2002, na minha primeira eleição para deputado federal. Depois, nossa bancada o apoiou para presidência da Assembleia Legislativa quando ele se tornou presidente. A gente tem uma relação pessoal boa. Politicamente, estamos em campos opostos. Ao longo da vida, conversamos e mantivemos altíssimo nível de relacionamento. Se isso vai ou não poder significar algum tipo de aliança eu não sei. É cedo para especular. Depende menos de mim e mais do que vai acontecer do que vai acontecer na chapa do PT", declarou o ex-prefeito.
O vice-presidente do União Brasil comentou ainda sobre a "Operação Overclean", que prendeu empresários e políticos ligados também à Prefeituras comandadas pelo União Brasil no final de 2024. "Não há nenhuma referência direta a meu nome. A inferência que é feita, ainda assim, não envolve nenhuma irregularidade. Todos sabem como eu me prossegui como prefeito de Salvador e ao longo de toda minha vida pública, agindo com correção e ética. Tenho tranquilidade em relação a isso".
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