Rogério Thadeu Bispo (MDB). Empresário, 44 anos, heterossexual, casado e natural de Salvador. Essa é uma ficha padrão que candidatos a vereador devem encaminhar para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Só que essa, específica, tem um detalhe: esse homem, na sua ficha criminal, possui registro de ter participado de um assalto a banco ocorrido na capital baiana, no ano de 2016. Thadeu Bispo tenta sentar na Câmara de Salvador a partir de 2025.
Apuração do Portal do Casé aponta que o processo ainda segue no Tribunal de Justiça da Bahia, e Rogério Thadeu ainda não foi julgado. A audiência de instrução, inclusive, está marcada para o dia 15 de outubro, uma semana depois da eleição. Rogério foi preso dentro de casa, no bairro da Pituba, em dezembro de 2016. Segundo a Polícia Civil, ele e outros três homens invadiram o Banco do Brasil, no bairro do Canela, e cometeram o chamado roubo majorado.
Foram denunciados na mesma ação: Itamar da Silva Dantas, Evanildo da Silva e Adenilton Costa da Silva. Segundo o Ministério Público da Bahia, Evanildo, Adenilton e Rogério Thadeu "estavam incumbidos de renderem os vigilantes e efetuarem a arrecadação dos valores e objetos no banco e perante os clientes, ameaçando-os constantemente através do uso de armas de fogo". Ainda de acordo com o MP, a ação durou pouco menos de cinco minutos.
A Rogério Thadeu ainda recai a acusação do roubo de um carro, modelo Doblô, que foi usado para a fuga da quadrilha. O dono do automóvel, que foi surpreendido no dia 20 de setembro daquele ano, reconheceu o hoje candidato a vereador como autor do crime.
Rogério foi solto em fevereiro de 2017, porque o Tribunal de Justiça da Bahia entendeu que ele não respondia a outras ações penais; tinha residência fixa; possuía ocupação lícita e atual, comprovada dos últimos cinco anos. "Se mostram, a princípio, eficazes e suficientes as medidas cautelares diversas da segregação, previstas no art. 319, do Código de Processo Penal", entendeu o juiz.
Enquanto não é julgado, Rogério Thadeu faz campanha. Nas redes sociais, compartilha rotina de caminhadas por alguns bairros.
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Por meio de nota, Rogério classificou as denúncias como infundadas. "O processo foi parado por falta de provas, aguardando possível arquivamento, tendo sido demonstrado judicialmente que as suspeitas contra mim eram infundadas. Naquela data, inclusive, eu estava cumprindo agenda de trabalho". Segundo o candidato, as notícias "têm circulado novamente com o claro objetivo de manchar reputação como homem público".