O advogado Gamil Foppel, que representa o deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, o Binho Galinha (PRD), criticou o uso de algemas na operação que prendeu o filho e a esposa do parlamentar, na quarta-feira (1). A defesa do político ainda disse que ele é inocente das acusações e que nunca esteve foragido, mesmo se entregando dois dias depois da ação da Polícia Federal.
Binho Galinha é apontado como líder de uma organização criminosa com práticas milicianas, atuante principalmente em Feira de Santana, no Portal do Sertão. Os crimes atribuídos ao grupo incluem lavagem de dinheiro, obstrução da Justiça, jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e até usurpação de função pública.
"O deputado jamais esteve foragido. Prova disso é que, mesmo com a prisão decretada desde o dia 19 de agosto, compareceu espontaneamente por duas vezes ao fórum, já no final do mês de setembro, sem que qualquer autoridade o prendesse. Sua intenção sempre foi colaborar com a justiça. Isso é prova irrespondível que risco algum existe no processo", disse o advogado, por meio de nota.
Na operação desta semana, além do próprio deputado, foram presas outras nove pessoas, entre elas o pai de Binho Galinha, o filho, João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, e a esposa, Mayana Cerqueira da Silva. Para a defesa, essas ações são "desproporcionais" e "desumanas". "A medida resultou no completo desamparo de uma menor de 11 anos, configurando um ato que atenta gravemente contra a dignidade humana", pontuou.
Ainda na nota, Gamil Foppel disse que a ação da Polícia Federal e Ministério Público foi marcada por "excessos e ilegalidades". "Houve divulgação em tempo real de vídeos das prisões, com claro propósito de espetacularização, além do uso de algemas em desacordo com a Súmula Vinculante nº11 do STF, fatos que já foram comunicados formalmente ao Ministério Público com pedido de providências de investigação".
Por fim, a defesa do deputado ainda contou que ele e seus familiares reafirmam plena inocência, e que "a instauração de um novo inquérito policial para 'aprofundar a investigação de fatos pretéritos' apenas corrobora para a ausência de provas, a franciscana pobreza probatória do acervo que foi produzido".
CONFIRA, NA ÍNTEGRA
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