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Após tumulto reajuste de servidores municipais é aprovado na Câmara de Salvador

Data:
Driele Veiga

Prrofessores mantém greve mesmo após aumento.

Após tumulto reajuste de servidores municipais é aprovado na Câmara de Salvador
Reprodução vídeo

A Câmara de Salvador aprovou a proposta apresentada pela Prefeitura de Salvador, que prevê o reajuste no piso salarial dos servidores municipais, incluindo os professores que estão em greve há 17 dias. O aumento foi definido durante uma votação marcada por troca de insultos e agressões entre vereadores e manifestantes nesta quinta-feira (21), no Centro de Cultura da Câmara de Vereadores de Salvador.

A tensão começou antes mesmo do início da sessão, quando um grupo tentou impedir o acesso da imprensa ao plenário montado no Centro de Cultura da Câmara, sede provisória do legislativo. Durante a discussão do projeto, manifestantes invadiram a sala onde ocorria a reunião. A entrada forçada gerou confusão e os manifestantes foram contidos com spray de pimenta pela polícia, que colocou barreiras em frente ao Centro de Cultura na tentativa de impedir a entrada dos protestantes.

O clima ficou ainda mais tenso quando os vereadores Maurício Trindade (PP) e Sidninho (PP) chegaram às vias de fato com um dos servidores presentes e, segundo relatos, foram agredidos. A Polícia Militar foi acionada e entrou na sala para conter o tumulto, fazendo um cordão de isolamento.

Neste momento, um manifestante tentou pegar o microfone da mão dele. A atitude gerou uma confusão e o manifestante trocou empurrões com outros vereadores.A sessão foi retomada depois de uma hora, em uma sala fechada. A maioria dos vereadores votou pela aprovação da proposta apresentada pela prefeitura.

A proposta aprovada pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil) prevê os seguintes reajustes:

9,25% de reajuste salarial para os professores de Nível 1/Referência A
6,65% de reajuste salarial para os professores de Nível 1/Referência B
6,27% de reajuste para o quadro suplementar do magistério público
e 4,83% de aumento para os outros servidores municipais

Os servidores municipais estão pedindo um reajuste salarial de 25% e auxílio-alimentação. Já os professores da rede municipal exigem o pagamento integral do piso salarial nacional, que, segundo a APLB-Sindicato, está defasado em mais de 58%. Após a aprovação da proposta de reajuste pela Câmara de Vereadores, o sindicato dos professores confirmou que manterá a greve, pois o reajuste aprovado não atende às reivindicações da categoria. A decisão foi tomada em assembleia realizada na noite da aprovação da proposta.
 

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