Na véspera do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus acusados de envolvimento em uma trama golpista, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (1º) que o processo será conduzido “com serenidade e dentro da Constituição”.
O julgamento começa nesta terça-feira (2), na Primeira Turma do STF, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Barroso não participará por estar na presidência da Corte.
“O Judiciário tem a missão de julgar os casos que chegam até ele, sejam denúncias criminais ou questões envolvendo plataformas digitais. O julgamento precisa ser feito com serenidade, mas cumprindo o que diz a Constituição, sem interferências de fora. É uma missão difícil, mas é a missão de servir ao Brasil”, declarou o ministro em palestra no Rio de Janeiro.
Barroso também destacou que o país precisa romper com a tradição de rupturas institucionais.
“O Brasil tem uma história marcada por golpes e tentativas de quebra da ordem democrática. Desde a redemocratização, já são 40 anos de estabilidade. Se ficar comprovada a tentativa de golpe, o julgamento deve seguir. É essencial encerrar esse ciclo de atrasos e reafirmar que divergências políticas precisam ocorrer dentro das regras do jogo democrático”, afirmou.
