O secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, rebateu nesta semana as declarações do ator Wagner Moura, que lamentou o “pouco incentivo público” à cena cultural do estado. O ator havia defendido, durante coletiva de imprensa, que governos de esquerda deveriam, por natureza, investir mais em cultura, sobretudo no teatro.
Monteiro respondeu afirmando que as críticas são recebidas com respeito, mas frisou que o governo estadual vem ampliando os investimentos no setor.
“Recebemos toda e qualquer colocação com humildade e disposição para o debate. Mas também é preciso mostrar o que tem sido feito, e não é pouca coisa”, declarou.
O secretário destacou que o apoio ao teatro baiano cresceu por meio do Fundo de Cultura, que garante a continuidade de grupos e espetáculos, e pelo FazCultura, que alcançou a maior marca de sua história em parcerias público-privadas. Ele ainda reiterou o aumento das políticas de fomento e as ações de formação no setor.
Monteiro também ressaltou a transformação da infraestrutura cultural. Segundo ele, já foram investidos quase R$ 400 milhões em equipamentos como o Teatro Castro Alves, atualmente em obras, além de reformas em outros espaços, como o Teatro Braskem.
"Há uma revolução acontecendo na infraestrutura do teatro baiano. Estamos construindo uma política democrática e territorializada, que valoriza a cena cultural não apenas em Salvador, mas em todo o estado”, afirmou.
Além disso, o secretário comentou o ato cultural que ocorreu no último domingo em Salvador, com a participação do artista Veko Araújo. Para Monteiro, a mobilização mostrou a força da arte no enfrentamento de pautas políticas como a “PEC da blindagem”.
“Foi um levante contra desmandos que buscavam se colocar acima da população. Isso incomoda setores da extrema-direita, que reagem com preconceito e fake news. Mas é no campo da democracia e da verdade que queremos seguir esse debate”, disse.
Monteiro concluiu reforçando que o governo está aberto ao diálogo com Moura e com o movimento cultural.
“Queremos construir coletivamente os avanços. Para chegar a uns, não é preciso excluir outros. Nosso objetivo é ampliar a participação e fortalecer cada vez mais a cultura baiana”, finalizou.
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