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Caso de racismo religioso em Salvador: 'Tem gente que não se manca', diz Casemiro Neto

Data:
Da redação

Olivete das Neves, de 75 anos, foi detida no sábado (23), na Estação de Metrô localizada na Bonocô

Caso de racismo religioso em Salvador: 'Tem gente que não se manca', diz Casemiro Neto
Redes sociais

O jornalista Casemiro Neto comentou, neste terça-feira (26), mais um caso de racismo religioso em Salvador. Olivete das Neves, de 75 anos, foi detida no sábado (23), na Estação de Metrô localizada na Bonocô. Ela passou por audiência de custódia e responderá ao processo em liberdade.

"Na Bahia sagrada da magia, o crime contra tudo isso é praticado quase todos os dias. Um dos últimos envolveu uma senhora, de Bíblia na mão, no metrô. Ela agrediu uma mulher preta que usava guias de Orixás no pescoço. A pseudo defensora dos ensinamentos cristãos tentou arrancar o colar e gritou que ela deveria seguir a Deus. Ela só esqueceu que Deus e outras divindades não dão bênção, passe ou banho de folha nesse tipo de gente", sustentou o jornalista.

Segundo testemunhas, a idosa teria pegado um colar sagrado da vendedora Marneide Souza, uma passageira de 39 anos, e afirmado que ela deveria servir a Deus. A vítima usava um fio de contas, um colar utilizado por praticantes do candomblé. Nas redes sociais, Marneide repostou as reportagens que deram visibilidade ao caso e escreveu: “Deixem o povo do Axé em paz. Cuidem das vidas de vocês, pois quem cuida da vida alheia, da sua não sabem cuidar”.

"Tem gente que não se manca e carrega na veia o sangue do racismo e do preconceito religioso. No mapa fora da África, Salvador é onde tem mais preto em todo o mundo. É também aqui onde Santos Católicos e Orixás convivem, no chamado sincretismo religioso", salientou Casemiro. 

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