O plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) autorizou, em votação, o governo do Estado a contratar um empréstimo de R$400 milhões para serem usados na área de segurança pública. Apesar da aprovação, a falta de detalhamento na utilização do dinheiro foi questionada por alguns parlamentares.
Na mesma sessão, foi aprovado outro projeto, de iniciativa do Ministério Público, que cria o Fundo de Defesa dos Direitos Fundamentais do MP.
Vitor Bonfim (PV), designado por Zé Raimundo (PT) para dar o parecer oral, disse que a verba pretendida será destinada à viabilização de investimentos previstos no Plano Plurianual e nos Orçamentos anuais do Estado para a área de segurança pública. Segundo Bonfim, o empréstimo tem o objetivo de "potencializar a eficiência na prestação dos serviços públicos, aumentando o nível de satisfação dos cidadãos" e reiterou o compromisso do Governo da Bahia na prestação de serviços eficazes e de qualidade à população.
Após o voto favorável de Bonfim, o deputado Hilton Coelho (Psol) ocupou a tribuna para encaminhar o voto pelo seu partido. Ele anunciou que seguiria o voto do relator, por não ser possível ser contrário a uma iniciativa na segurança pública, mas fez questão de patentear o desconforto em aprovar uma matéria, definida por ele como extremamente genérica, por não especificar quais ações serão realizadas com os recursos.
Alan Sanches (União Brasil) seguiu na mesma linha de críticas de Hilton, mas encaminhou voto contrário, ressaltando que, em 14 meses, este é o sexto pedido de empréstimo do governo, totalizando R$3,8 bilhões.
Robinho, falou pelo UB e afirmou que a Bahia é o estado que mais se endividou nos últimos tempos. Ele adiantou que tem informações de um sétimo empréstimo que chegará à Assembleia, na ordem de R$1,2 bilhão. Sandro Régis (UB) também tomou a palavra para dizer que só falta ao governo tomar “empréstimo junto aos ciganos”.