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Donald Trump assina decreto que sanciona tarifaço contra o Brasil

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Da redação

A medida foi tomada com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), de 1977, e representa uma nova escalada nas tensões diplomáticas entre os dois países.

Donald Trump assina decreto que sanciona tarifaço contra o Brasil
Reprodução/The White House

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) uma ordem executiva que eleva para 50% as tarifas sobre produtos brasileiros, justificando a decisão com base em uma “emergência nacional” provocada por ações do governo brasileiro que, segundo ele, ameaçam a segurança e os interesses estratégicos dos EUA.

A medida foi tomada com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), de 1977, e representa uma nova escalada nas tensões diplomáticas entre os dois países.

De acordo com o comunicado da Casa Branca, o governo brasileiro estaria praticando censura, perseguição política e violações à liberdade de expressão, especialmente contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. O texto menciona diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF, como responsável por “centenas de ordens de censura, intimidações a empresas americanas e congelamento de ativos”.

O caso do comentarista Paulo Figueiredo, cidadão norte-americano e alvo de processo criminal no Brasil por declarações feitas nos EUA, também é citado como exemplo de abuso contra a liberdade de expressão.

Além das sanções econômicas, Trump determinou a revogação dos vistos de Moraes, de seus aliados no STF e de seus familiares diretos. Em outra frente, o secretário de Estado Marco Rubio havia anunciado em maio restrições de entrada nos EUA para estrangeiros envolvidos em ações de censura.

A ordem executiva reforça a diretriz da política externa americana de defesa da liberdade de expressão e proteção de empresas norte-americanas. “Estamos protegendo nossos valores e a soberania nacional contra ameaças estrangeiras”, conclui a nota.

 

Veja o comunicado da Casa Branca 

 

ENFRENTANDO UMA EMERGÊNCIA NACIONAL

Hoje, o presidente Donald J. Trump assinou uma Ordem Executiva que impõe uma tarifa adicional de 40% sobre o Brasil, elevando o total para 50%, em resposta a políticas, práticas e ações recentes do governo brasileiro que representam uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos.

A ordem declara uma nova emergência nacional com base na autoridade do presidente sob a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional de 1977 (IEEPA).

A medida visa responder às ações do governo brasileiro que, segundo o comunicado, prejudicam empresas americanas, os direitos de liberdade de expressão de cidadãos dos EUA, a política externa e a economia do país.

A ordem afirma que a perseguição política, intimidação, censura e processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e milhares de seus apoiadores constituem graves violações de direitos humanos e enfraquecem o Estado de Direito no Brasil.

USANDO A INFLUÊNCIA PARA PROTEGER INTERESSES AMERICANOS

O presidente Trump reafirma seu compromisso com a defesa da segurança nacional, da política externa e da economia dos EUA contra ameaças estrangeiras, incluindo:

Proteger empresas americanas contra coerção e censura ilegais;

Responsabilizar violadores de direitos humanos por comportamentos autoritários.

Segundo o comunicado:

Autoridades brasileiras teriam coagido empresas dos EUA a censurar discursos políticos, entregar dados sensíveis de usuários e alterar políticas de moderação de conteúdo sob ameaça de multas, processos criminais, congelamento de ativos ou exclusão do mercado brasileiro.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, é citado como responsável por centenas de ordens secretas de censura, ameaças a executivos de empresas americanas e congelamento de ativos para forçar o cumprimento dessas ordens.

O comunicado também menciona o caso de Paulo Figueiredo, residente nos EUA, que estaria sendo processado criminalmente no Brasil por declarações feitas em solo americano.

COLOCANDO A AMÉRICA EM PRIMEIRO LUGAR

Com a imposição dessas tarifas, o presidente Trump afirma estar:

Protegendo a segurança nacional, a política externa e a economia dos EUA contra ameaças estrangeiras;

Reforçando sua política externa baseada nos valores, soberania e segurança dos EUA.

Outras ações mencionadas:

Em 28 de maio de 2025, o secretário de Estado Marco Rubio anunciou restrições de visto a estrangeiros envolvidos em censura de expressão protegida nos EUA.

Em 18 de julho, Trump ordenou a revogação dos vistos de Alexandre de Moraes, seus aliados no STF e seus familiares imediatos.

A Casa Branca conclui que a defesa da liberdade de expressão e das empresas americanas continuará sendo prioridade da política externa “America First”.

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