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'El Patrón': STF forma maioria para manter provas de operação contra 'Binho Galinha'

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Da redação

A quadrilha é investigada por lavagem de capitais de atividades como jogo do bicho, homicídios, tráfico de drogas, agiotagem, extorsão e receptação

'El Patrón': STF forma maioria para manter provas de operação contra 'Binho Galinha'
Divulgação/ALBA

O Supremo Tribunal Federal formou maioria para derrubar recurso do deputado estadual da Bahia, Kleber Cristian Escolano de Almeida, que busca anular provas da "Operação El Patrón". O parlamentar, conhecido como Binho Galinha, é investigado por liderar uma organização criminosa especializada na lavagem de capitais de atividades ilícitas como jogo do bicho, homicídios, tráfico de drogas, agiotagem, extorsão e receptação qualificada.

O relator do recurso é o ministro Cristiano Zanin. Ele votou, na sexta-feira, pelo não provimento e foi acompanhado pelos colegas Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia. Agora, faltam votar outros dois membros da Primeira Turma, Luiz Fux e Flávio Dino, o que deve acontecer até o fim da semana, 

No início de agosto, Zanin julgou procedente reclamação constitucional movida pelo Ministério Público da Bahia e restabeleceu validade de provas obtidas pela "Operação El Patrón".

Antes, decisão monocrática do ministro Joel Ilan Paciornik, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), havia considerado ilícita utilização de Relatórios de Inteligência Financeira (RIF) solicitados pelo MP e pela polícia ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sem autorização judicial. O ministro havia acatado o argumento da defesa do deputado de que a solicitação de RIF violaria o sigilo bancário.

A "Operação El Patrón" já cumpriu diversos mandados de prisão preventiva, além de mandados de busca e apreensão, bloqueio de milhões dos investigados e o sequestro de propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas. A PF considera “Binho Galinha” líder de um grupo que comanda o jogo do bicho em Feira de Santana e região.

Além do político, PMs integrariam o braço armado do grupo miliciano, cujas atribuições seriam fazer a segurança das atividades ilícitas da organização, além de ocultarem bens. São pelo menos oito o número de policiais militares envolvidos no esquema. 

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