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Em sessão presidida por Kamala Harris, Congresso certifica Donald Trump como Presidente dos EUA

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Da redação

O rito teve início às 13h em Washington D.C. (15h no horário de Brasília), em meio a uma intensa tempestade de neve que já deixou sete estados americanos em alerta, incluindo a capital

Em sessão presidida por Kamala Harris, Congresso certifica Donald Trump como Presidente dos EUA
Reprodução/Saul Loeb/AFP

Dois meses após ser declarado vencedor das eleições presidenciais de 2024, Donald Trump teve sua vitória oficializada pelo Congresso dos Estados Unidos nesta segunda-feira (6). A certificação, que ocorreu no Capitólio, marcou o retorno de Trump à Casa Branca com um placar de 312 votos a 226 no Colégio Eleitoral. Diferentemente de 2021, quando apoiadores do republicano tentaram barrar a vitória de Joe Biden, o processo ocorreu de maneira pacífica, sem objeções formais.

A data da certificação coincide com os quatro anos do ataque ao Capitólio, que permanece como um dos momentos mais sombrios da democracia americana. À época, manifestantes, inflamados por alegações infundadas de fraude eleitoral, invadiram o Congresso para impedir a confirmação de Biden. Agora, mesmo com o rito acontecendo de forma tranquila, o evento foi cercado por forte esquema de segurança, incluindo cercas de metal e reforço de agentes federais, estaduais e locais. O Departamento de Segurança Interna classificou a cerimônia como um "evento nacional especial de segurança".

Cerimônia e Discurso de Biden

Presidida pela vice-presidente Kamala Harris — também presidente do Senado —, a sessão começou às 13h (15h no horário de Brasília) e durou cerca de 45 minutos. Os votos foram lidos em ordem alfabética pelos parlamentares, sendo seguidos por breves aplausos. Após o encerramento, Harris oficializou o resultado, que também confirmou sua própria derrota na disputa presidencial.

Na véspera da cerimônia, Joe Biden publicou um artigo no Washington Post criticando esforços para apagar os acontecimentos de 6 de janeiro de 2021. "Neste 6 de janeiro, a ordem será restabelecida. (...) Depois do que todos nós testemunhamos, sabemos que nunca mais podemos tomar esse processo como garantido", escreveu o presidente, reforçando que a democracia exige vigilância constante. Em um encontro com congressistas no domingo, ele afirmou que "a democracia foi literalmente posta à prova" e que é preciso continuar lutando por sua proteção.

Líderes democratas, como o deputado Hakeem Jeffries, de Nova York, também destacaram a importância de não esquecer os acontecimentos de 2021. "A História sempre se lembrará da tentativa de insurreição e nunca permitirá que a violência daquele dia seja apagada", declarou. Já Kamala Harris optou por um tom mais institucional, reiterando seu compromisso com a Constituição e com o povo americano.

Trump e a Transição

Mesmo após a certificação, Trump criticou a gestão de Biden, acusando a administração de dificultar a transição de poder. Em sua rede social, Truth Social, afirmou que "ordens executivas caras e ridículas" emitidas pelo atual governo seriam revogadas em breve. Ele também reafirmou sua promessa de transformar os Estados Unidos em uma "nação de bom senso e força".

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