O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou estado de emergência por 60 dias no país, incluindo toque de recolher e presença militar nas ruas e nas prisões, em meio a uma nova crise no sistema penitenciário.
A medida, anunciada nesta nesta segunda-feira (8) acontece depois do incidente em seis prisões do país que incluíram a retenção de agentes penitenciários por detentos.
As ações dos presos ocorrem um dia depois que José Adolfo Macías, conhecido como "Fito", um dos presos mais perigosos do país e líder do grupo criminoso, Los Choneros, desapareceu da prisão onde estava sendo mantido cumprindo uma sentença de 34 anos.
Em mensagem publicada nas redes sociais, Noboa disse ter assinado um decreto de estado de emergência para as Forças Armadas terem respaldo político e legal em suas ações. “Acabou o tempo em que os condenados por tráfico de drogas, assassinatos por encomenda e crime organizado ditavam ao governo de ocasião o que fazer. Não vamos negociar com terroristas”.
A assessoria do presidente emitiu um comunicado e disse que os novos incidentes nas prisões também se devem à decisão do governo de iniciar imediatamente a construção da nova prisão de segurança máxima com financiamento internacional. Os confrontos nas prisões superlotadas do Equador são frequentes e já deixaram mais de 400 presos mortos desde 2021.
Ainda nesta segunda-feira, uma transmissão ao vivo da emissora equatoriana TC foi interrompida por homens encapuzados e armados que obrigaram funcionários a deitarem no chão.