A Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira (12), Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti. A dupla é investigada por descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.
A operação, batizada de "Cambota" e que é um desdobramento do escândalo no Instituto Nacional do Seguro Social, cumpriu ainda 13 mandados de busca e apreensão, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados de São Paulo e no Distrito Federal.
A ação apura os crimes de impedimento ou embaraço de investigação de organização criminosa, dilapidação e ocultação de patrimônio, além da possível obstrução da investigação por parte de alguns investigados.
Segundo as apurações, Antônio Carlos foi um dos principais articuladores do esquema, atuando junto às associações. Ele e seus supostos grupos teriam recebido, em quatro anos, pouco mais de R$ 50 milhões. Já Camisotti seria sócio oculto de uma das associações beneficiadas.
Por meio de nota enviada ao Jornal O Globo, a defesa de Maurício Camisotti disse que "não há qualquer motivo que justifique sua prisão no âmbito da operação relacionada à investigação de fraudes no INSS" e que "adotará todas as medidas legais cabíveis para reverter a prisão e assegurar o pleno respeito aos direitos e garantias fundamentais". Advogados de Antônio Carlos não foram achados.