Por conta do aumento de casos de intoxicação por metanol em diferentes regiões do país, o governo federal instalou um gabinete de crise para monitorar a situação e coordenar ações conjuntas entre órgãos federais, estaduais e municipais. A iniciativa envolve também o Ministério da Justiça, já que há suspeitas de falsificação de bebidas alcoólicas, crime que está sob investigação.
O Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação preliminar para apurar o surto, que já contabiliza 11 casos confirmados e 48 suspeitos em São Paulo, Pernambuco e no Distrito Federal. A apuração será conduzida pela Procuradoria da República no DF, com apoio da Procuradoria-Geral da República, que avalia possíveis medidas judiciais e administrativas.
Até o momento, uma morte foi confirmada em São Paulo, outra na Bahia e outros sete óbitos estão sob investigação: três na capital paulista, dois em São Bernardo do Campo e dois em municípios pernambucanos — João Alfredo e Lajedo. O Ministério da Saúde reforçou a necessidade de notificação imediata de casos suspeitos por parte de estados e municípios e já distribuiu protocolos de atendimento emergencial para vítimas da substância tóxica.