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Grupo de ex-prefeito, secretários e empresários é investigado por fraude de R$ 600 mil em Pindaí

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Da redação

Em apenas três dias após a emissão da ordem de serviço, foi gerada nota fiscal e efetuado o pagamento de mais de meio milhão de reais por suposta aplicação de 760 toneladas de asfalto

Grupo de ex-prefeito, secretários e empresários é investigado por fraude de R$ 600 mil em Pindaí
Divulgação

O ex-prefeito de Pindaí, no Oeste da Bahia, e outras cinco pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público por peculato, pagamento irregular e frustração do caráter competitivo por conta de uma licitação realizada em 2020 para contratação, pelo valor de quase R$ 600 mil, de serviço de pavimentação e recapeamento asfáltico em algumas avenidas.

Segundo o MP informou nesta quarta-feira (20), são investigados o ex-prefeito Ionaldo Aurélio Prates, gestor entre 2017 e 2020; a secretária de Finanças, Iara Queles Gomes; a ex-secretária municipal de Obras e Infraestrutura, Vanessa Fernandes; a então presidente da Comissão Permanente de Licitações (CPL), Izani Daniela Reis Gomes Rodrigues; Antônio Justino Aguiar e Fábia Milena dos Santos Leite, sócios da Sévia Construtora Ltda.

Conforme a denúncia, apresentada no dia 12, por meio da elaboração “de edital com objeto vago, genérico e impreciso, permeado de cláusulas restritivas e exigências desnecessárias”, os denunciados asseguraram o direcionamento do certame em favor da empresa Sévia Construtora.

Consta, ainda, que, sem autorização legal/contratual, o ex-prefeito, baseado em documento produzido pela ex-secretária municipal de Obras e Infraestrutura, com o aval da ex-secretária municipal de Finanças, pagou, antecipadamente, os serviços supostamente prestados ao Município, modificando ilegalmente as cláusulas contratuais estabelecidas.

As investigações apontaram que eles atuaram para “afrontar a livre concorrência, burlar o caráter competitivo da licitação, assegurar a obtenção de vantagem ilícita e causar lesão ao erário, e, sobretudo, à coletividade”. Para conseguir a fraude, aponta a denúncia, os acusados não informaram os locais que seriam beneficiados com a pavimentação asfáltica; flexibilizaram apenas à empresa vencedora critérios para verificação de capacidade técnica e emitiram documentos não datados como comprovantes da execução do serviço.

A promotora do caso destaca que, em apenas três dias após a emissão da ordem de serviço, foi gerada nota fiscal e efetuado o pagamento de mais de meio milhão de reais por suposta aplicação de 760 toneladas de asfalto. “Documentos comprobatórios dos serviços prestados que autorizariam o pagamento pelo erário, como Relatório Fotográfico e Boletim de Medição, foram confeccionados sem data e disponibilizados em data posterior à transferência bancária efetivada”, afirma a denúncia.

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