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Investigado por jogo do bicho, assessor do deputado 'Binho Galinha' é preso em Feira de Santana

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Da redação

A ação, da Polícia Federal e Receita Federal, tem como alvo desde dezembro uma organização criminosa especializada na lavagem de capitais de atividades ilícitas

Investigado por jogo do bicho, assessor do deputado 'Binho Galinha' é preso em Feira de Santana
Divulgação/PF

Um assessor do deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, o "Binho Galinha", foi preso em Feira de Santana, a 110 km de Salvador. O nome dele não foi revelado por conta da Lei de Abuso de Autoridade, mas trata-se de Bruno Borges França, segundo apuração do Aratu On e confirmada pelo Portal do Casé. Ele é um dos investigados da "Operação El Patron".

A ação, da Polícia Federal e Receita Federal, tem como alvo desde dezembro uma organização criminosa especializada na lavagem de capitais de atividades ilícitas como jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada. Os suspeitos teriam envolvimento também com milicianos.

Binho e Bruno. Foto: redes sociais 

A Polícia Federal vinha tentando identificar o paradeiro de Bruno, o qual teve indeferidos pedidos de soltura no Tribunal de Justiça da Bahia e Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas os policiais conseguiram localizá-lo nesta quarta-feira (6).

A PF informou que o assessor seria um dos operadores financeiros da organização criminosa. Ele utilizaria métodos para proceder ao distanciamento dos valores da organização criminosa, colocando, em sua conta bancária pessoal, elevadas quantias transferidas pelos outros indiciados, praticando condutas para tentar disfarçar a origem ilícita dos valores.

O objetivo seria apresentar desconexão com as atividades criminosas. A Polícia Federal ainda informou que Bruno tinha "grande confiança" de “Binho Galinha”. O mandado de prisão preventiva foi expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Feira de Santana e com ele foi apreendido um aparelho celular, o qual será submetido a perícia com a finalidade de constatar a ocorrência de crimes.

OPERAÇÃO

Além do parlamentar, mais 14 pessoas foram denunciadas. Bloqueio de bens chegou a R$ 200 milhões. Seis pessoas foram presas preventivamente e cumpridos 35 mandados de busca e apreensão, incluindo a casa e fazendas do deputado. Foram apreendidos documentos, pasta de cocaína, armas e munições.

No final de fevereiro, reportagem do Portal do Casé apontou que PMs investigados na ação movimentaram, sozinhos, quase R$ 14 milhões.

Segundo a PF, os militares eram os "braços armados" da organização. De acordo com relatórios da Receita, o subtenente Roque de Jesus Carvalho teria movimentado, no período, pouco mais de R$ 9 milhões. O valor é incompatível com o salário que ele recebe do Governo da Bahia. As apurações dos órgãos federais apontam que Roque fazia pagamentos em espécie para "ocultar suas propriedades".

Já o soldado Jackson Macedo Araújo Júnior teria movimentado, entre janeiro e março de 2023, R$ 4 milhões. A Polícia Federal aponta que ele teria diversos imóveis e veículos em nome de "laranjas". Por fim, o último investigado do "braço armado", o soldado Josenilson Souza da Conceição, intermediava agiotagem para o grupo de "Binho Galinha". Não foi informada quanto, em reais, ele movimentou.

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