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Investigado por ser dono do 'Jogo do Tigrinho', empresário diz ser amigo de ministro do STF por 'comer buchada de bode'

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Jean Mendes

Fernandin OIG, como é conhecido, prestou esclarecimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado na terça-feira (26)

Investigado por ser dono do 'Jogo do Tigrinho', empresário diz ser amigo de ministro do STF por 'comer buchada de bode'
Edilson Rodrigues/Agência Senado

O empresário e CEO da One Internet Group, Fernando Oliveira Lima, disse que conhece o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes Marques, por conta de "paneladas" que comia junto com o magistrado. Fernandin OIG, como é conhecido, prestou esclarecimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado na terça-feira (26)

Conhecida como CPI das Bets, investiga impactos das empresas de apostas na economia e supostas associações criminosas. "Todo mundo chama ele de Nunes Marques, mas eu conheço ele como Kassio. É um amigo meu, de mais de 10 anos atrás, lá do Piauí, de comer 'panelada', buchada de bode e galinha caipira. É relação de amizade. Tanto que nem conheço ele como Nunes Marques. Conheço como Kássio", disse o empresário - que é piauiense, assim como o ministro do STF -.

Fernandin negou ser o dono do chamado "Jogo do Tigrinho", um dos que mais se popularizaram e cuja legalidade é questionada. A convocação dele atendeu a um pedido da relatora da CPI, Soraya Thronick. Segundo o requerimento, Fernandin tem uma possível associação ao jogo de cassino on-line Fortune Tiger. Sua empresa, a OIG, é suspeita de facilitar operações de apostas on-line, o que estaria relacionado a possível lavagem de dinheiro.

"Eu não sou o dono do Tigrinho, quero deixar bem claro para vocês", disse o empresário, alegando que sua plataforma oferece a "versão original" do jogo on-line. Segundo Fernandinho, haveria diferença entre as versões originais e piratas do jogo na internet, que seriam alteradas para favorecer as empresas de apostas. "Eu cheguei a jogar para verificar que as bets ilegais têm algoritmos falsos, são jogos falsos, pirateados", se defendeu.

Questionado pela relatora e pelo senador Marcos Rogério (PL-RO), o depoente chegou a ser repreendido por dizer "não saber" quais são as pessoas com quem firmou contrato para oferecer os jogos em sua plataforma.

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*Com informações da Agência Senado

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