O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, disse, em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (22), que os problemas de educação e segurança pública no estado são uma “herança” e afirmou que são difíceis de resolver.
Embora os três antecessores de Jerônimo no cargo sejam do mesmo partido, o governador acredita que recebeu uma herança que “não é fácil”.
“A herança nos deixa com dificuldades. Por mais que nós tivéssemos dinheiro para algumas ações, não é de imediato e nem automático. É natural que haja uma cobrança sobre os indicadores da educação para quem fez 17 anos [de governo]. Mas a gente não vai resolver 17 anos de problemas, não tem como. E não é fuga do papel”, declarou o governador, citando a formação de professores como uma questão estrutural e que precisa de tempo - e recursos - para ser melhorada no estado.
Jerônimo disse que houve um vácuo nos investimentos federais em educação e avalia que isso comprometeu os indicadores estaduais. Assim, acredita que em “cinco ou dez anos” os resultados da nova atuação e investimentos estaduais deverão aparecer.
“Ficamos seis anos sem investimento do Governo Federal em Universidades, escolas e em creches. Agora, com o PAC, Lula está fazendo creches e isso nos anima”
Sobre a Segurança Pública estadual, Jerônimo comentou que o problema ainda é mais complexo. “Na educação eu não dependo de fronteiras com o governo federal é a gente. Mas se a Bahia fizer o trabalho e não tiver um trabalho nacional e regional, ainda assim nós não teremos a efetividade da política”.
Citando o programa Bahia Pela Paz como uma das ações que prometem melhorar os indicadores estaduais, o governador se mostrou esperançoso: “O Bahia Pela Paz terá um papel fundamental organizar essa pauta [da Segurança Pública] trazendo educação, saúde e cultura para a juventude. Tenho certeza que em tempo curto haveremos de ver esse resultados ainda melhores do que nós estamos vendo”.