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Kleber Rosa se coloca como pré-candidato a governador, critica ACM Neto e diz que projeto de Jerônimo não é de esquerda

Data:
Jean Mendes

O socialista foi fortalecido em 2024, ao ficar em segundo lugar para a disputa da Prefeitura de Salvador

Kleber Rosa se coloca como pré-candidato a governador, critica ACM Neto e diz que projeto de Jerônimo não é de esquerda
Metrópole

O servidor público Kleber Rosa (PSOL) se colocou como pré-candidato a governador da Bahia para mais uma eleição. Apesar de afirmar que a legenda não tem questão fechada sobre o nome, o socialista disse que "espera" liderar a chapa para o pleito de 2026. Ele foi entrevistado pelo jornalista Casemiro Neto, na quinta-feira (10), na Rádio Metrópole.

Rosa avaliou que ACM Neto, também possível pré-candidato ao Governo da Bahia, representa a "oligarquia" política da Bahia. Também na entrevista, criticou o modelo de gestão do governador Jerônimo Rodrigues, que, para ele, faz alianças com a direita. O socialista foi fortalecido em 2024, ao ficar em segundo lugar para a disputa da Prefeitura de Salvador. Foram 51.196 votos, na frente, inclusive, de Geraldo Júnior, nome apoiado pelo PT.

"ACM Neto representa essa essa aristocracia, essa oligarquia baiana. O projeto dirigido pelo PT, qual é o problema ... primeiro, é importante dizer que eu fui do PT. O PSOL surge do PT. É um movimento de setores do PT, que saem. Temos origem na organização popular, nos movimentos de base. A questão é que o projeto em curso na Bahia não é de esquerda. É um projeto dirigido por um partido de esquerda, mas que é uma conciliação com setores que romperam com a aristocracia carlista", entendeu Kleber Rosa.

O socialista ainda deu o exemplo de Otto Alencar, líder do PSD na Bahia e grande pilar do governo Jerônimo. "Otto Alencar é uma figura mais simbólica. Ele foi visceral para o velho ACM. Hoje, ele compõe esse governo. Você pega figuras como Geddel Vieira Lima, como o João Leão, que hoje está em outra linha, mas que construiu esse projeto. Então, são setores da direita e até da aristocracia. É uma síntese desses grupos", pontuou.

Na entrevista dada a Casemiro Neto, Rosa garantiu que não quer ser governador se precisar de alianças com o que chama de "elite".

"Se precisar dessa composição para governar, não quero. Quero governar para executar projeto popular. Se for para fazer aliança com setores da elite, para que quero governar? Esse governo Lula [por exemplo] é de ampla coalisão com setores democráticos da direita. Esses entenderam o que era o bolsonarismo e ajudaram Lula a ganhar. Hoje, traíram Lula no governo para sangrar Lula desde já. Querem derrubar Lula, mas não querem Bolsonaro". 
 

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