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Luciano Hang é condenado à prisão pela Justiça do RS

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Da redação

Empresário chamou de 'esquerdopata' homem que liderou campanha contra a instalação de uma 'estátua da liberdade' em frente loja da Havan, em Canela; ele afirma que vai recorrer da decisão

Luciano Hang é condenado à prisão pela Justiça do RS
Dida Sampaio/Estadão

A 1ª Câmara Especial Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul condenou Luciano Hang, proprietário das lojas Havan e conhecido apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, por difamação e injúria contra o arquiteto Humberto Tadeu Hickel. 

A sentença estabeleceu penas de 1 ano e 4 meses de reclusão, além de 4 meses de detenção, ambas em regime aberto. Contudo, essas penas foram convertidas em prestação de serviços comunitários e pagamento de uma indenização de 35 salários mínimos a Hickel. 

Além disso, Hang foi multado em 20 dias-multa, com cada dia avaliado em 10 salários mínimos, totalizando cerca de 300 mil reais.

Hang foi condenado por ter chamado Hickel de "esquerdopata" e sugerido que ele "vá para Cuba", após o arquiteto ter liderado campanha contra a instalação de uma "estátua da liberdade" em frente a uma nova filial da Havan no município gaúcho de Canela.

Em nota enviada ao Jornal O Globo, Hang afirmou que vai recorrer da decisão. “O Brasil é um país extremamente perigoso para um empreendedor. Na busca de gerar empregos e desenvolvimento, pode ser processado criminalmente por pessoas que se utilizam de ideologias ultrapassadas para impedir a construção de empreendimentos. É o que está acontecendo neste caso. Um absurdo. É inaceitável que debates políticos sejam punidos tirando o direito à liberdade de expressão”.

O Caso

Tudo começou quando Hang publicou um vídeo em sua página no Facebook em 2020, atacando Hickel por liderar uma campanha contra a instalação de uma "estátua da liberdade" em frente a uma nova filial da Havan em Canela. 

No vídeo, Hang exibia uma foto de Hickel e postagens antigas do arquiteto nas redes sociais, criticando-o por seu apoio ao movimento "Ele, Não" e por se posicionar contra a eleição de Bolsonaro em 2018.

O empresário utilizou termos ofensivos, chamando o arquiteto de "esquerdopata" e sugerindo que ele "vá para Cuba".

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