O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou nesta terça-feira (23), em uma entrevista à Rádio Metrópole, sobre o processo de escolha do nome de Jerônimo Rodrigues para concorrer ao Governo do Estado nas eleições de 2022.
Segundo ele, o adversário comemorou antes da hora a opção por um nome que não figurava no cenário político tradicional. Por isso, o presidente disse que "a Bahia é uma escola política".
Lula contou que, com a proximidade do fim do segundo mandato de Rui Costa, o partido começou a pensar no nome que disputaria as eleições.
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"Falavam que seria o Jaques Wagner, mas eu sabia que ele não queria. Então, tinha que ser alguém que merecesse alguem que merecesse a confiança deles, e aí surgiu o nome do Otto [Alencar]".
Segundo Lula, houve uma reunião com Otto, e o atual presidente "sentiu que ele não queria ser o candidato".
"Quando acabou a reunião, foi todo mundo embora e eu liguei pro Otto e falei: 'você não é obrigado a ser candidato a governador, se você não quer, não seja'. Quando ele falou que não queria, de fato, eu fiquei preocupado".
Neste momento, relembrou Lula, surgiu o nome de Jerônimo Rodrigues. Sem citar o nome de ACM Neto, o presidente comentou que o adversário devem ter comemorado a escolha de um nome pouco conhecido no cenário político, dando a vitória como certa.
"O adversário deve ter tomado muita cerveja, muita champanhe, muito whisky quando nós indicamos ele. Devem ter dito 'o Jerônimo não tem nada nas pesquisas, nós temos 67%, já tá ganho'". O que aconteceu? Jerônimo virou governador da Bahia e acho que vai ser um extraordinário governador", afirmou.
Lula também disse que considera a eleição municipal um momento importante na vida política e ressaltou a necessidade de eleger vereadores que sejam alinhados à base de governo.