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Maduro pede que EUA desescalem tensões e alerta para risco de 'conflito militar de grande impacto'

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Da redação

Na quinta (4), caças venezuelanos sobrevoaram o destróier USS Jason Dunham, que participa de operações contra o tráfico de drogas no Caribe, segundo Washington. Em resposta, Trump autorizou as forças americanas a abater aviões venezuelanos que representem risco a seus navios de guerra.

Maduro pede que EUA desescalem tensões e alerta para risco de 'conflito militar de grande impacto'
Reprodução/Prensa Presidencial de Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu na noite de sexta-feira (5) que os Estados Unidos recuem na escalada de tensões militares antes que a crise evolua para um “conflito de grande impacto”. O chavista acusou novamente o governo de Donald Trump de tentar impor uma “mudança violenta de regime” na Venezuela e na América Latina.

“Não há justificativa para isso. Nenhuma das diferenças que tivemos poderia levar a um conflito militar de grande impacto ou à violência na América do Sul”, declarou Maduro durante encontro com milicianos em Caracas.

A fala ocorre em meio ao aumento da pressão militar dos EUA na região. Na quinta (4), caças venezuelanos sobrevoaram o destróier USS Jason Dunham, que participa de operações contra o tráfico de drogas no Caribe, segundo Washington. Em resposta, Trump autorizou as forças americanas a abater aviões venezuelanos que representem risco a seus navios de guerra.

Além disso, o governo dos EUA deslocou 10 jatos F-35 para Porto Rico, reforçando a presença na área onde já estão mobilizadas sete embarcações e um submarino nuclear de ataque rápido. De acordo com fontes ouvidas pela CNN Internacional, o ataque a um navio venezuelano que matou 11 pessoas foi “apenas o começo”, e a Casa Branca avalia até bombardeios em território venezuelano contra alvos ligados a cartéis de drogas.

Trump, por sua vez, voltou a negar que busque a derrubada de Maduro, mas classificou sua reeleição como “estranha” e acusou o país de enviar drogas e criminosos aos EUA. O governo americano também sustenta que o presidente venezuelano chefia o Cartel de Los Soles e oferece US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) por sua captura.

Maduro rejeitou as acusações, chamou a ofensiva de Washington de “beco sem saída” e garantiu que a Venezuela está preparada para se defender. “A Venezuela sempre esteve disposta a dialogar, mas exigimos respeito ao nosso povo e à nossa soberania”, afirmou.

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