A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (14), mais uma etapa da Operação Faroeste - que desbaratou um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia para legalizar terras no Oeste da Bahia -. Nesta fase, advogados suspeitos de participarem da quadrilha foram alvos de mandados de busca e apreensão em seus endereços.
Os nomes dos profissionais não foram divulgados pela PF, mas o Portal do Casé apurou que trata-se de Antônio Prates Maia, Bruno Maia e Rui Barata Filho. Cerca de R$ 30 milhões em bens foram bloqueados pela Justiça. Rui, inclusive, é filho da desembargadora Lígia Ramos, que foi presa no âmbito da Faroeste.
Foi determinada pelo Ministro Relator do caso, Og Fernandes, o bloqueio de, aproximadamente, R$ 37 milhões “em razão das suspeitas de sua origem ilícita, bem como a suspensão do levantamento pelos investigados de cerca de R$ 7 milhões, vinculados aos processos em que foram proferidas as decisões investigadas”.
Os investigados desta nova ação, batizada de “Patronos”, poderão responder pelos crimes de corrupção ativa (art.33 do código penal), corrupção passiva (art. 317 do Código Penal) e Lavagem de Capitais (Art. 1º da Lei nº 9.613/1998).
FAROESTE
A Operação Faroeste foi desencadeada em 2020 e já afastou quatro advogados e seis magistrados do TJ da Bahia. A ação, inclusive, resultou na queda do então secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, do cargo. Ele chegou a ser investigado pelo Ministério Público Federal.
Estão entre os denunciados os ex-presidentes do TJBA Maria do Socorro Barreto Santiago e Gesivaldo Nascimento Britto, os desembargadores José Olegário Monção Caldas e Maria da Graça Osório Pimentel, os juízes Sérgio Humberto de Quadros Sampaio, Márcio Reinaldo Miranda Braga e Marivalda Almeida Moutinho, além do suposto idealizador do esquema, Adailton Maturino.
