A Polícia Federal investiga o deputado federal Félix de Almeida Mendonça Júnior (PDT-BA) por suposto envolvimento em um esquema de fraudes em licitações, superfaturamento e desvio de recursos de emendas parlamentares destinadas a municípios baianos. A investigação é parte da Operação Overclean, que é considerada uma das maiores já realizadas pela PF no estado.
A PF apura ainda a utilização de uma aeronave do empresário Alex Parente, investigado como operador do esquema, por três deputados federais da Bahia, incluindo Félix Mendonça Júnior. O avião é suspeito de transportar dinheiro em espécie, e em uma das apreensões, R$ 1,5 milhão foram encontrados em Brasília.
A investigação indica que o avião teria sido usado em diversos deslocamentos para articulação política e logística do grupo investigado. Uma planilha com registros de voos da aeronave foi apreendida em dezembro de 2024, listando os nomes dos deputados e outros passageiros ligados ao esquema.
Todos os citados na investigação negam participação em irregularidades. A Polícia Federal mantém sob sigilo a lista completa dos nomes investigados e segue com a análise dos documentos e das movimentações financeiras identificadas pelo Coaf. As informações são da Metrópoles.
Em nota o deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT) se mostrou surpreso ao ser apontado como alvo de uma nova etapa da Operação Overclean, deflagrada nesta sexta-feira (27) pela Polícia Federal.
“Félix Mendonça nega que ele ou qualquer assessor do seu gabinete tenham cometido irregularidade no envio de emendas parlamentares para municípios baainos, sejam os citados na operação ou qualquer outro”, diz a nota.
O deputado ressaltou ainda que as emendas para custeio ou investimentos nos municípios são solicitadas por prefeitos ou lideranças, sendo esperado que os recursos sejam aplicados de forma lícita, com a obtenção de ganho exclusivamente político.
