O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), classificou como “ato covarde” o cancelamento dos vistos americanos de sua esposa e de sua filha de 10 anos. Ele afirmou que a medida não tem relação com o programa Mais Médicos.
Segundo Padilha, a decisão foi comunicada por mensagem enviada pela esposa, o que o deixou “amplamente indignado”.
Em entrevista à GloboNews, ele questionou a justificativa para a sanção contra a filha e acusou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que vive nos Estados Unidos, de articular a medida junto ao governo norte-americano.
“As pessoas que fazem isso e o clã Bolsonaro, que orquestra isso, têm que explicar não só para mim ou para o Brasil, mas para o mundo inteiro: qual o risco que uma criança de 10 anos pode representar para o governo americano?”, declarou.
No início da semana, o governo de Donald Trump anunciou a revogação de vistos de brasileiros ligados ao Mais Médicos. Entre eles estão Mozart Júlio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do ministério e atual coordenador-geral da COP30.
Padilha não foi atingido pela medida porque seu visto está vencido desde 2024.