O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump vai se reunir ainda nesta quarta-feira (27) para discutir o destino da Faixa de Gaza no pós-conflito, segundo confirmou Steve Witkoff, negociador nomeado pelo republicano para atuar em crises internacionais, em entrevista à Fox News.
Trump já defendeu, anteriormente, a expulsão dos palestinos da região e até mesmo a construção de um resort de luxo em Gaza, proposta que gerou forte reação internacional.
Enquanto isso, em Tel Aviv, milhares de pessoas participaram de mais uma marcha pela assinatura de um acordo de cessar-fogo e pela libertação dos reféns ainda mantidos pelo Hamas. Familiares dos sequestrados acusam o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de prolongar a guerra em detrimento da vida dos cerca de 20 reféns que ainda podem estar vivos.
No Vaticano, durante a audiência semanal com fiéis, o Papa Leão XIV foi aplaudido ao fazer novo apelo pelo fim da guerra em Gaza. O pontífice reforçou que é obrigação proteger os civis e lembrou que punições coletivas, deslocamentos forçados e uso indiscriminado da força são proibidos pelo direito internacional.
Crise diplomática Brasil–Israel
A crise diplomática também ganhou novo capítulo. Na última terça-feira (26), o Itamaraty reagiu às declarações do ministro da Defesa israelense, Israel Katz, que acusou o Brasil e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de antisemitismo e de apoio ao Hamas.
“O ministro da Defesa e ex-chanceler israelense voltou a proferir ofensas, inverdades e grosserias inaceitáveis contra o Brasil e o presidente Lula”, escreveu o Ministério das Relações Exteriores nas redes sociais.
A chancelaria brasileira ainda ressaltou que Israel está sendo investigado pela Corte Internacional de Justiça por “plausível violação da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio” e que Katz, como ministro da Defesa, “não pode se eximir de sua responsabilidade”.