Cinco dos 10 vereadores que estavam na situação em Monte Santo, região Nordeste da Bahia, migraram para a oposição à prefeita Silvânia Matos (PSB). Foi durante reunião, na noite de quinta-feira (16), que a novidade foi selada. Houve protesto na frente da Câmara e alguns parlamentares saíram vaiados. Os manifestantes organizaram o ato apoiando a chefe do Executivo.
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A Casa Legislativa tem 13 vereadores e, agora, gestão municipal conta com apenas cinco apoiadores. Após a sessão de quinta-feira, os oito oposicionistas fizeram uma nota conjunta, afirmando que a Câmara não deve ser "extensão de outros poderes". "Chega de amarras. Juntos, seremos uma força incansável na fiscalização dos recursos públicos e na luta por mais dignidade para a nossa gente", pontuaram.
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Assinaram a nota os edis Emicleiton da Emy’s; Iure Santana; Wiliams Alves; Paulinho da Formosa; Carlinhos; Paulina; Rodnei; e Batista. Adriano Dias; Bira do Valtinho; Adriana Costa; Marquinho do Leu; e Professor Luciano continuam na base da prefeita Silvânia.
Os vereadores da oposição alegam que a prefeita tem tentado interferir na Presidência da Câmara. Isso porque, segundo os edis, ela teria tentado aprovar Projeto de Resolução - até apelidado de “PEC da Blindagem” - para manter o poder entre o atual chefe da Casa, Bira do Valtinho, e seu vice. O atual presidente está no segundo mandato e, de acordo com entendimento do Supremo Tribunal Federal, não pode ter o terceiro seguido.
Silvânia Matos se manifestou por meio de vídeo nas redes sociais, um dia antes da reunião que selou o rompimento. Ela acusa vereadores que estariam pressionando a gestão municipal a beneficiar deputados aliados.
No vídeo, a chefe do Executivo de Monte Santo argumenta que não pode romper com deputados que atualmente mandam emendas para o município, especialmente para funcionamento do Hospital Municipal. "Tenho sido firme. Vamos apoiar aos deputados que já ajudaram a saúde de Monte Santo. O hospital ficou fechado por sete anos e nossa gestão reabriu. Porém, o recurso de Brasília não é suficiente. Todo mês falta R$ 1 milhão", disse.
Ainda no pronunciamento, a socialista enumerou esses deputados e completou: “A gente tem buscado ajuda porque preciso do hospital. Os vereadores querem fechar apoio com deputado de seu interesse. Nós fizemos compromissos com os que estão nos ajudando”.
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