A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (1/8) a segunda fase da Operação Cianose, com o objetivo de recuperar os valores desviados na aquisição de respiradores pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste).
Policiais federais cumprem 34 mandados de busca e apreensão e medidas judiciais de sequestro de bens, expedidos pela Justiça Federal da Bahia, nos estados da Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
Em Salvador, os agentes foram a um escritório de advocacia, na Avenida Magalhães Neto, e em dois endereços no bairro do Corredor da Vitória. Os nomes dos investigados não foram revelados por conta da Lei de Abuso de Autoridade.
Segundo a PF, os delitos investigados incluem crimes licitatórios, desvio de recursos públicos, lavagem de capitais e organização criminosa.
CASO DOS RESPIRADORES
Em abril do ano passado, duas matérias do Portal Uol apontaram que a empresária da Hempcare, Cristiana Prestes Taddeo, delatou a venda de respiradores para o Consórcio Nordeste, na época presidido pelo então governador da Bahia, Rui Costa.
A mulher chegou a afirmar que a Polícia Civil da Bahia blindou o então chefe do Executivo baiano no inquérito comandado no âmbito estadual. Depois, o caso foi remetido para o âmbito nacional.
Prestes Taddeo argumentou na delação premiada que dois empresários, sendo um amigo do casal Rui Costa e Aline Peixoto, receberam R$ 11 milhões pelo intermédio do negócio.
O petista, ao comentar a primeira reportagem do Uol feita com base no depoimento de Cristiana, disse por meio de nota que jamais tratou com nenhum preposto ou intermediário sobre a compra de respiradores ou de qualquer outro equipamento de saúde.