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Polícia Federal oferece acordo de colaboração premiada ao 'Rei do Lixo' em esquema de corrupção bilionário

Data:
Driele Veiga

O esquema movimentou mais de R$ 1 bilhão em recursos públicos, envolvendo empresas de fachada e intermediários em municípios de diversos estados.

Polícia Federal oferece acordo de colaboração premiada ao 'Rei do Lixo' em esquema de corrupção bilionário
Rede Social

A Polícia Federal prepara um acordo de colaboração premiada para o empresário José Marcos Moura, conhecido como "Rei do Lixo", preso na Operação Overclean. Ele é acusado de liderar um esquema de fraudes em licitações públicas com recursos de emendas parlamentares envolvendo o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).

A operação revelou uma rede de corrupção com ramificações em várias esferas políticas, incluindo o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, responsável por indicar Moura para o diretório nacional do União Brasil e o senador Davi Alcolumbre (União-AP).

A investigação apura suposto tráfico de influência ligado a Moura. De acordo com interceptações telefônicas e escutas ambientais, Moura cita um "amigo", que segundo a PF seria o ex-prefeito de Salvador. Com o político, de acordo com os investigadores, o empresário teria conversado para resolver questões relacionadas ao pagamento da Larclean Saúde Ambiental Ltda., uma das empresas investigadas e que firmou contrato com a prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal da Educação. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo e confirmadas pelo UOL.

A assessoria do ex-prefeito de Salvador já se manifestou em outra oportunidade informando que, segundo os autos, não há qualquer diálogo envolvendo seu nome, nem mesmo uma citação direta a ele. A assessoria ressaltou que existem apenas inferências, as quais, segundo a defesa, não estão relacionadas a qualquer ato ilícito.

O esquema de fraudes operava por meio do desvio de recursos destinados a prefeituras por meio de emendas parlamentares, com um retorno de 10% do valor das emendas sendo desviado para os emissários políticos. O esquema movimentou mais de R$ 1 bilhão em recursos públicos, envolvendo empresas de fachada e intermediários em municípios de diversos estados.

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