O general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL), teve sua prisão mantida após uma audiência de custódia realizada por videoconferência na tarde de sábado (14). A decisão foi tomada após verificação da legalidade da prisão pelo juiz instrutor do Supremo Tribunal Federal (STF).
Braga Netto foi detido na manhã de sábado, em Copacabana, durante uma operação que contou com o apoio do Exército. A ordem de prisão preventiva foi expedida pelo STF devido à suspeita de obstrução da Justiça, relacionada à investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin após as eleições de 2022.
De acordo com o relatório em que autorizou a prisão do general Braga Netto, em 21 de novembro deste ano hpá uma declaração de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, no qual ele afirmou que Braga Netto entregou dinheiro vivo dentro de uma sacola de vinho a um militar que teria atuado em um suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice Geraldo Alckmin em 2022 para impedir que eles tomassem posse.
O general permanecerá em prisão preventiva na Vila Militar da Zona Oeste do Rio de Janeiro, na 1ª Divisão do Exército, unidade subordinada ao Comando Militar do Leste.
