Polícia Federal concluiu que as redes sociais foram usadas para incitar ações antidemocráticas após a derrota de Jair Bolsonaro em 2022. O inquérito, que resultou no indiciamento de Bolsonaro e 36 outras pessoas, revelou que as estratégias eram planejadas em plataformas privadas, como o WhatsApp, e publicadas em redes abertas, como X e Facebook.
O caso está sendo avaliado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que vai analisar a responsabilidade de grandes empresas de tecnologia no caso.
A investigação identificou seis núcleos no esquema golpista, incluindo um focado na disseminação de desinformação e outro dedicado a pressionar militares.
Entre os episódios, destaca-se a atuação do general Braga Netto, acusado de coordenar ataques a oficiais contrários ao golpe. Além disso, cartas e petições foram usadas como formas de pressão para inverter a resistência na cúpula das Forças Armadas, que chegou a ameaçar prender Bolsonaro caso o golpe fosse concretizado.
A PF também identificou a participação de influenciadores e membros de grupos ligados à Abin na propagação de informações falsas para desacreditar o sistema eleitoral e atacar ministros do STF.
Interceptações demonstraram que os envolvidos sabiam da falsidade das mensagens. O caso segue sendo investigado, com novas delações e evidências sendo analisadas.