A reunião extraordinária da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) foi cancelada pela presidente de Honduras, Xiomara Castro, devido à falta de consenso entre os países integrantes. A reunião, que seria realizada em Honduras nesta quinta-feira (30), tinha como objetivo discutir temas como migração, unidade latino-americana e caribenha, e meio ambiente.
No entanto, a crise que motivou a convocação da reunião foi a recusa do presidente colombiano, Gustavo Petro, em receber os deportados dos Estados Unidos. A Colômbia posteriormente afirmou que o impasse havia sido superado, o que levou à decisão de cancelar a reunião.
A crise surgiu com uma polêmica entre os presidentes Trump e Petro depois que o chefe de Estado colombiano bloqueou a entrada em Bogotá de voos militares com migrantes deportados dos Estados Unidos. Diante do bloqueio de voos, Trump ordenou um aumento de 25% nas tarifas sobre as importações procedentes da Colômbia. Petro respondeu que adotaria medidas na mesma proporção. Após horas de tensão, Bogotá aceitou os termos das políticas do presidente republicano e encerrou a disputa. Na segunda-feira (27), dois aviões da Força Aérea Colombiana decolaram de Bogotá rumo às cidades de San Diego e Houston, retornando no dia seguinte com cerca de 200 migrantes deportados.
Diante do desfecho do impasse, a presidente hondurenha afirmou que a necessidade do encontro havia sido superada, levando ao cancelamento da reunião da Celac.