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STF nega pedido de Bolsonaro e mantém Moraes no 'inquérito do golpe'

Data:
Antonio Dilson Neto

Até às 15h, os ministros Edson Fachin, Flávio Dino, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e Dias Toffoli já haviam acompanhado o voto de Barroso, consolidando a maioria necessária para rejeitar o recurso

STF nega pedido de Bolsonaro e mantém Moraes no 'inquérito do golpe'
Carlos Moura/SCO/STF

Nesta sexta-feira (6), o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria em plenário virtual para rejeitar um recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido buscava afastar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria do chamado “inquérito do golpe”, alegando que ele seria "parte ou diretamente interessado" no caso.

Relatado pelo ministro Luís Roberto Barroso, o julgamento virtual começou nesta sexta-feira e seguirá até o próximo dia 13. Até às 15h, os ministros Edson Fachin, Flávio Dino, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e Dias Toffoli já haviam acompanhado o voto de Barroso, consolidando a maioria necessária para rejeitar o recurso.

Em sua manifestação, Barroso afirmou que o pedido carecia de fundamentação e que os crimes investigados no inquérito têm impacto direto em toda a coletividade. Segundo ele, aceitar tal argumento poderia implicar no afastamento de todo o Poder Judiciário das investigações, o que seria inadmissível.

O próprio ministro Alexandre de Moraes se declarou impedido de julgar o recurso, já que o pedido questionava sua posição como relator do caso. Ele destacou que as hipóteses de impedimento para magistrados são claramente delimitadas pelo Código de Processo Penal e incluem situações como vínculo familiar com partes do processo ou atuação anterior como advogado no mesmo caso – o que não se aplicaria ao inquérito em questão.

Com a decisão, Moraes permanece como relator e segue conduzindo as investigações sobre os atos relacionados a uma suposta tentativa de golpe.

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