Coronel aposentado da Polícia Militar, Humberto Sturaro disse ter sido chamado de "viado" por um vereador de Salvador. Em um vídeo, que vazou nas redes sociais na noite de segunda-feira (4), o oficial não cita o nome do parlamentar, mas trata-se de Kel Torres (Republicanos). O edil, que era suplente, foi eleito no último pleito. O político e o PM fazem parte do grupo político ligado ao prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil).
Sturaro argumentou que a situação indelicada começou quando Kel teria afirmado que ele teria uma segunda família, sustentando garotos com presentes. A declaração teria sido dada com um amigo em comum do PM e do vereador, também coronel.
"Nunca lhe destratei. Nunca falei seu nome. Você encontrou com um amigo meu. Amigo, vereador. Formou comigo, de minha cozinha. O senhor dizer a ele que sou viado, que dou moto de presente, que sustento 'garotão', que tenho duas famílias. Isso é feio, vereador. Confesso que, ontem, iria na casa do senhor, mas quem me tirou de tempo foi Jau. Esse sangue aqui, ele cega esse homem aqui", relatou Humberto, com firmeza.
"Vou fazer um pedido ao senhor e à esposa do senhor: não falem de mim. Estamos na mesma gestão e temos que fortalecer Bruno. A primeira coisa que pensei foi a oportunidade que o prefeito me deu. Não vivo de salário de Prefeitura, vereador, mas quero fazer parte da gestão. Hoje, estou mais velho e inteligente. Se é um tempinho atrás, vereador, o senhor ia ter que vomitar essa moto", destacou o oficial.
Humberto Sturaro tentou se eleger vereador de Salvador nas últimas eleições, mas não conseguiu, por ter pouco mais de 2.600 votos. Na gestão de Bruno Reis, já foi prefeito-bairro do Centro Histórico, mas se afastou exatamente por conta do pleito.
"Eu só iria sair de perto do senhor depois que o senhor fabricasse essa moto. Hoje, sou outra pessoa. Só vou fazer um pedido, por respeito: se o senhor me ver siga seu caminho lá. Peça à esposa do senhor para não falar de minha vida pessoal. Todos têm vida pessoal", completou o oficial da PM no recado ao parlamentar. Até a publicação desta reportagem, Kel Torres não tinha se manifestado sobre o assunto.