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Trump e Putin anunciam início de negociações para encerrar guerra na Ucrânia

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Da redação

Presidentes dos EUA e da Rússia conversaram por telefone durante cerca de uma hora e meia nesta quarta-feira (12)

Trump e Putin anunciam início de negociações para encerrar guerra na Ucrânia
Reprodução/Getty

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (12) que conversou por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, e que ambos concordaram em iniciar "imediatamente" negociações para pôr fim à guerra na Ucrânia. A iniciativa marca um movimento significativo na diplomacia internacional, com potencial para redefinir os rumos do conflito.

Logo após o anúncio, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou que também dialogou com Trump sobre oportunidades para alcançar a paz. "A conversa foi muito boa. Assim como o presidente Putin, ele quer alcançar a paz", afirmou Trump.

A ligação entre Trump e Putin durou cerca de uma hora e meia e foi descrita pelo presidente americano como "altamente produtiva". O Kremlin confirmou o diálogo e informou que Putin convidou Trump para uma visita a Moscou, onde discutiriam o conflito ucraniano e outras questões de interesse mútuo.

Alinhamento para negociações

Em comunicado, Trump destacou a intenção de mediar um acordo: "Falamos sobre as forças de nossas nações e os grandes benefícios que poderemos ter ao trabalharmos juntos. Mas, antes de tudo, queremos parar as milhões de mortes que estão acontecendo na guerra entre Rússia e Ucrânia. O presidente Putin até usou meu lema de campanha: 'SENSO COMUM'".

Trump mencionou que a primeira medida seria contatar Zelensky para informá-lo sobre as negociações. "Algo que farei agora mesmo", afirmou.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, ressaltou a abertura da Rússia ao diálogo: "O presidente Putin convidou Trump para uma visita a Moscou e expressou sua disposição em receber autoridades americanas para discutir um possível acordo sobre a Ucrânia".

Mudanças na diplomacia americana

A conversa ocorre no mesmo dia em que Estados Unidos e Rússia realizaram uma troca de prisioneiros. O professor norte-americano Marc Fogel foi libertado pelos russos, enquanto os EUA liberaram um cidadão russo em contrapartida.

Além disso, o novo secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, indicado por Trump, afirmou que não considera realista a restauração das fronteiras originais da Ucrânia e descartou uma possível incorporação de Kiev à Otan, a aliança militar ocidental.

A posição de Trump contrasta com a postura de seu antecessor, Joe Biden, que apoiou fortemente a Ucrânia. Durante a campanha presidencial, o republicano afirmou que, se voltasse à Casa Branca, resolveria o conflito "em 24 horas". Sua relação próxima com Putin tem sido apontada por analistas como um fator determinante em sua abordagem para a guerra.

Após a conversa com Trump, Zelensky reiterou a disposição da Ucrânia em buscar um acordo, mas enfatizou a necessidade de garantir a soberania do país. "Ninguém quer a paz mais do que a Ucrânia", declarou. "Junto com os EUA, estamos mapeando os próximos passos para conter a agressão russa e alcançar uma paz duradoura."

O desenrolar dessas negociações pode redefinir os rumos do conflito, mas ainda há dúvidas sobre o real impacto da mediação de Trump, especialmente sem um aval oficial do governo americano. Nos próximos dias, o posicionamento da Casa Branca e de líderes europeus deve indicar o quanto essa iniciativa poderá influenciar o futuro da guerra na Ucrânia.

 

 

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