O Centro Estadual de Referência às Pessoas com Doença Falciforme Rilza Valentim (CERPDFRV/Hemoba), em parceria com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), está realizando o Censo da Doença Falciforme, uma iniciativa inédita para mapear o perfil dos pacientes acometidos pela enfermidade no Estado.
Desde o início da pesquisa, em junho do ano passado, já foram cadastrados 1.144 pacientes provenientes de 246 municípios baianos. Os dados revelam que 1.045 seguem em tratamento ativo, enquanto 698 fazem uso contínuo de medicamentos.
Além disso, 421 participantes realizam transfusões sanguíneas e 50 apresentam úlceras decorrentes da doença. A análise preliminar mostra uma prevalência marcante entre pessoas autodeclaradas pardas e pretas, reforçando o recorte étnico da doença.
A Bahia se destaca nacionalmente como o estado com a maior incidência da doença falciforme, com um caso para cada 650 nascimentos. O censo pretende embasar futuras políticas públicas e aprimorar a assistência às pessoas com doença falciforme.