A Universidade Federal da Bahia (UFBA) interditou os bebedouros da Escola Politécnica, localizada no bairro da Federação, em Salvador, após a detecção de Coliformes totais e Escherichia coli (E. coli) na água. A medida foi tomada após recomendação da Superintendência de Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMAI) da UFBA.
A suspeita de contaminação começou após uma denúncia feita pela vice-coordenadora do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, Gemima Arcanjo, que realizou análises microbiológicas da água dos bebedouros durante as aulas práticas. Os resultados indicaram a presença de Coliformes totais e E. coli nas amostras coletadas nos bebedouros do 4º e 7º andares.
"O consumo dessa água contaminada pode causar doenças gastrointestinais, com sintomas que incluem diarreia, vômitos e infecções mais graves. Quero deixar claro que o objetivo desta mensagem não é criar alarde, mas informar a todos sobre a situação, uma vez que não houve divulgação e isto é do interesse de todos até mesmo por se tratar de uma questão de saúde pública".
A presença de E. coli é um indicador de contaminação por material fecal e sugere a existência de outros microrganismos patogênicos de transmissão fecal-oral. Em nota a UFBA informou que realizará uma investigação com uma empresa credenciada para testes e providenciou a lavagem dos reservatórios.
O Diretório Acadêmico de Engenharia Sanitária e Ambiental (DAESA) revelou que houve uma reunião extraordinária onde a vice-coordenadora Gemima Arcanjo teve o microfone silenciado ao tentar apresentar a gravidade da situação. A UFBA afirmou que testes nos sistemas de abastecimento de água são realizados periodicamente e que medidas corretivas são tomadas quando necessário.